Como Saber se Tenho Glaucoma?

O diagnóstico de glaucoma é realizado por meio de uma avaliação oftalmológica completa no consultório, com o auxílio de exames complementares, como campimetria computadorizada, tomografia de coerência óptica (OCT), retinografia e paquimetria. Esses exames são indicados quando a avaliação clínica revela sinais suspeitos de glaucoma, como aumento ou assimetria da escavação do nervo óptico e elevação da pressão intraocular (PIO).

Quais São os Sintomas?

Nas fases iniciais, o glaucoma é uma doença silenciosa e não apresenta sintomas, o que torna as consultas oftalmológicas de rotina fundamentais para a detecção precoce. Quando um paciente apresenta queixa de perda de visão devido ao glaucoma, geralmente o caso já se encontra em estágio avançado. O diagnóstico precoce é crucial para garantir um melhor prognóstico, pois o tratamento visa estabilizar a progressão da doença, mas não é capaz de recuperar a visão perdida.

Glaucoma x Pressão Intraocular

A Relação entre Glaucoma e Pressão Intraocular

A pressão intraocular é o principal fator de risco para o glaucoma e o único fator modificável no tratamento da doença. O aumento da pressão ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e o escoamento do humor aquoso, o líquido que preenche a parte anterior dos olhos. Se a drenagem não funciona corretamente, a pressão aumenta.

A Influência da Espessura da Córnea

A espessura da córnea pode influenciar a medição da pressão intraocular. Essa característica deve ser considerada durante os exames oftalmológicos para garantir um diagnóstico preciso e um acompanhamento adequado.

Glaucoma de Pressão Normal e Hipertensão Ocular

Alguns pacientes desenvolvem glaucoma mesmo com a pressão intraocular normal, o chamado glaucoma de pressão normal. Por outro lado, há pacientes com hipertensão ocular, que possuem pressão elevada, mas não apresentam sinais de glaucoma.

Tratamentos Disponíveis

Acompanhamento

O comparecimento às consultas programadas é parte fundamental do tratamento. Pacientes com suspeita de glaucoma devem ser acompanhados de perto, devido ao maior risco de desenvolverem a doença.

Tratamento com Colírios

Os colírios são amplamente utilizados no tratamento de pacientes com glaucoma. No Brasil, contamos atualmente com quatro classes de colírios, todos com o objetivo de reduzir a pressão intraocular.

Tratamento com Laser

  • Iridotomia: Indicada para pacientes com ângulo fechado e fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma.
  • Trabeculoplastia seletiva: Primeira linha de tratamento para pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto em estágios iniciais.
  • Ciclofotocoagulação: Reduz a pressão intraocular diminuindo a produção do humor aquoso. Sua indicação deve ser avaliada individualmente por um médico especialista em glaucoma.

Tratamento Cirúrgico

  • Trabeculectomia: Principal procedimento cirúrgico para reduzir a pressão intraocular, indicado para praticamente todos os tipos e estágios de glaucoma.
  • Cirurgia de Glaucoma Minimamente Invasiva (MIGS): Existem várias opções disponíveis, como o iStent, Kahook e GATT. Essas técnicas devem ser indicadas cuidadosamente, sendo mais adequadas para casos de glaucoma de ângulo aberto em estágios iniciais a moderados.
  • Implante de Tubo de Drenagem: Utilizado em casos refratários, quando há falência de cirurgias anteriores ou em situações onde outros tratamentos apresentam menor chance de sucesso.
  • Cirurgia de Catarata (Facoemulsificação): Pode ser realizada em combinação com outras cirurgias em pacientes que apresentam catarata e glaucoma.

Da Suspeita ao Acompanhamento

Opção 1: Diagnóstico Confirmado

  1. Suspeita de glaucoma → Realização de exames complementares.
  2. Diagnóstico confirmado → Início do tratamento e definição da pressão intraocular (PIO) alvo.
  3. Consultas programadas para acompanhamento → Monitoramento da condição.
  4. Ajuste do tratamento → Se houver progressão detectada nos exames ou se a PIO estiver fora do alvo.

Opção 2: Suspeita de Glaucoma

  1. Suspeita de glaucoma → Realização de exames complementares.
  2. Diagnóstico descartado → Consultas programadas para acompanhamento, devido ao maior risco de desenvolvimento de glaucoma.
  3. Se o diagnóstico for confirmado posteriormente, siga o passo a passo descrito acima.

Perguntas Frequentes

A suspeita de glaucoma é levantada durante o exame oftalmológico quando são detectadas alterações oculares sugestivas da doença, como o aumento da escavação do disco óptico, assimetria de escavação entre os olhos ou elevação da pressão intraocular. Pacientes com esses sinais devem ser acompanhados regularmente por um especialista em glaucoma e realizar exames complementares que avaliam a estrutura e função ocular, devido ao risco aumentado de desenvolver a doença.

Os principais fatores de risco para o glaucoma incluem pressão intraocular elevada, histórico familiar da doença, idade avançada, diabetes, hipertensão, além de estar associado a outras condições, como traumas oculares e uso prolongado de corticosteroides.

Não. A perda de visão causada pelo glaucoma é irreversível, pois o dano ao nervo óptico não pode ser restaurado. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para preservar a visão.

O principal objetivo do tratamento do glaucoma é evitar sua progressão, uma vez que a perda de visão causada pela doença é irreversível. O controle da pressão intraocular é fundamental para retardar o avanço do glaucoma. Consultas regulares com um especialista em glaucoma, juntamente com a avaliação clínica e exames complementares, são essenciais para garantir o sucesso do tratamento e o controle da progressão da doença.

  • Glaucoma de Ângulo Aberto: Ocorre quando o ângulo de drenagem do humor aquoso está aberto, mas sua função de escoamento é prejudicada, levando ao aumento da pressão intraocular. É o tipo mais comum de glaucoma, frequentemente observado em pacientes míopes.
  • Glaucoma de Ângulo Fechado: Ocorre quando o ângulo de drenagem do humor aquoso é obstruído, impedindo o escoamento do líquido e resultando em aumento da pressão intraocular. É mais comum em pacientes hipermétropes.

O glaucoma pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais prevalente em adultos acima dos 40 anos, com risco crescente após os 60 anos. Também existem formas menos comuns da doença que podem afetar crianças e jovens adultos.

A pressão intraocular alvo varia de paciente para paciente e é definida como a pressão na qual não ocorre progressão da doença. Fatores como idade, estágio do glaucoma, pressão intraocular inicial e espessura da córnea (paquimetria) são considerados para determinar esse valor.

A visão de uma pessoa com glaucoma é afetada de acordo com o estágio da doença. Nas fases iniciais, ocorre perda da visão periférica, resultando em um campo visual mais estreito. Em estágios avançados, a perda pode se tornar central, comprometendo a visão de detalhes e dificultando atividades diárias.

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